Secretário da Saúde esclarece quadro da nova gripe no Paraná

26 de fevereiro de 2014

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, esclareceu nesta segunda-feira (10), durante exposição sobre o quadro epidemiológico da nova gripe no Paraná, que não há necessidade de medidas drásticas como o fechamento do comércio. “Não será estabelecido decreto de calamidade pública e a suspensão do comércio não repercutiria no quadro evolutivo da doença”, destacou o secretário durante esclarecimento que prestou na Assembleia Legislativa “No Paraná, estamos em um nível inicial de alerta, diferente do México e da Argentina onde foram fechados estabelecimentos”, explicou.

“O Governo do Paraná optou pela suspensão das aulas porque existem argumentos técnicos e epidemiológicos consistentes. As crianças têm um convívio prolongado nas escolas. Esta medida nos permite ganhar tempo e reduzir a velocidade da expansão do vírus. Para outros ambientes não há esta justificativa. A probabilidade de expansão do vírus é menor, não há necessidade de distanciamento. As medidas profiláticas são suficientes para evitar o contágio”, ressaltou o secretário.

No Paraná foram investidos R$ 19,1 milhões em equipamentos, medicamentos e treinamento de profissionais da área médica. Cada regional possui um hospital de retaguarda, além dos quatro hospitais de referência. “São 812 leitos hospitalares disponibilizados exclusivamente para os casos da nova gripe. O governador Requião também determinou a reserva de leitos extras no Hospital de Reabilitação Ana Carolina Xavier, em Curitiba, e no Hospital Regional Infantil de Campo Largo”, destacou Martin.

De acordo com Martin, 98% da população infectada pelo vírus tem uma evolução benigna do quadro clínico. Os outros 2% correspondem a casos de internação, medicamentos e óbitos “Um dos pontos fundamentais para o enfrentamento do problema é a unificação da informação. No início da pandemia fizemos uma projeção para estabelecer um plano de contingência para o controle da nova gripe. Em um primeiro momento utilizamos a taxa de ataque do vírus da gripe sazonal”, destacou.

Martin afirmou que até esta segunda-feira o Paraná possui 784 casos confirmados, 2.884 em monitoramento e 39 óbitos. “A população deve estar atenta aos sintomas da doença, caracterizada principalmente pela febre alta e de início abrupto. O Paraná já distribuiu tratamento para as 22 regionais que atendem os municípios, beneficiando 28.010 adultos e 2.200 crianças. Não faltará remédio para as futuras prescrições médicas”, acentuou.

“Segundo o último boletim epidemiológico são 8.480 casos notificados, 2.265 internamentos, 816 em leitos gerais e 126 na UTI. Em um estudo comparativo realizado com anos anteriores vemos que a quantidade de óbitos pela influenza sazonal semelhante a da gripe A. A diferença é que este vírus atinge principalmente jovens adultos, diferente do vírus da gripe comum que atinge principalmente idosos e crianças”, explicou.

As pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar um médico e após a consulta, se confirmado os sintomas clínicos da doença, podem retirar o medicamento em um dos centros de entrega com a documentação fornecida pelo profissional da área médica. “A prescrição do medicamento deve ser feita nas primeiras 48 horas. A orientação é que o paciente não dependa dos resultados do exame laboratorial para ser medicado”, disse o secretário. (Fonte: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná)