Mais de 11 mil já se inscreveram para a Jornada Mundial da Juventude.
Argentina é o país natal do Papa Francisco.
Cerca de 20 mil argentinos devem viajar em julho para o Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e ver seu compatriota, o Papa Francisco, que fará sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição em 13 de março.
“Estimamos que apenas da cidade de Buenos Aires teremos 5.000 participantes e acredito que seremos mais de 20.000 de todo o país”, indicou Mario Miceli, responsável pela pastoral da juventude da arquidiocese de Buenos Aires.
Sob o lema “Somos a Diocese do Papa, a Igreja de Francisco”, os jovens da capital argentina, cidade natal do ex-cardeal Jorge Bergoglio e agora pontífice, peregrinarão ao Rio de Janeiro para não perder o encontro que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho.
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O Papa Francisco segura um pombo antes da sua audiência geral de quarta-feira na Praça de São Pedro, no Vaticano. (Foto: Stefano Rellandini/Reuters)
Miceli lembrou que na JMJ passada, realizada em Madri, participaram cerca de 6.000 argentinos, mas que agora as condições mudaram muito e, neste caso, estão fazendo grandes esforços para levar os fiéis mais pobres, e não apenas aqueles em boas condiçõess financeiras.
“Viajaremos de avião ou ônibus. Queremos que esta seja uma jornada diferente das anteriores, nas quais só puderam viajar pessoas de uma realidade socioeconômica melhor. Queremos uma representação social mais ampla e queremos que viajem pessoas das cidades mais pobres”, afirmou.
A escolha de Francisco para o trono de Pedro despertou um grande fervor religioso em um país em que 75% da população se diz católica, segundo a Igreja, principalmente nos bairros pobres que o ex-arcebispo de Buenos Aires visitava com frequência.
“Estamos trabalhando nos bairros, fazendo economias, recebendo contribuições, doações e fazendo várias atividades para arrecadar fundos para que aqueles que têm menos possam estar perto dele”, explicou Miceli.
Os argentinos já têm em suas listas 11.871 jovens entre 14 e 35 anos, além de freiras e padres. Haverá cerca de 700 voluntários de várias dioceses do país e dezenas de bispos, de acordo com a Agência de Notícias Católica Argentina (AICA).
O Papa voltou a falar de sua “pátria amada” em uma carta enviada à presidente Cristina Kirchner, em ocasião da celebração da Independência argentina, em 25 de maio.
Francisco enviou uma “cordial saudação em ocasião do Dia Nacional deste país amado” e os parabéns a “todos os argentinos”.
A JMJ, o grande encontro global de jovens com o Papa, reunirá no Rio de Janeiro cerca de 2,5 milhões de jovens, a maioria dos países da região.
Esta é a segunda vez que a conferência é realizada na América Latina, 26 anos depois da de Buenos Aires, presidida pelo então Papa João Paulo II.
“Em julho, eu estarei no Rio de Janeiro para receber o mundo, juntamente com o Papa, o nosso pastor. E você?”, indica um anúncio do site de uma empresa de viagens, que exibe com uma foto de seis freiras em hábitos brancos e, sobre eles, uma camisa com o logotipo da JMJ: um coração com o Cristo Redentor e a cruz peregrina, nas cores verde, amarelo e azul.
“Nós já estávamos organizando a viagem para a JMJ há meses, mas após a eleição de Francisco, a procura aumentou consideravelmente”, contou Lucas Saladino, da Bramasole, uma empresa de turismo especializada em excursões religiosas.
A agência, que visa um público mais velho e de alto poder aquisitivo, esgotou seu pacote de 30 lugares a um custo de US$ 1.490.
Outro pacote ainda disponível oferece mais conforto, incluindo sete noites em um hotel e translado para Guaratiba, onde o Papa celebrará a vigília e a missa da JMJ, por US$ 2.600.
A expectativa é de que os argentinos sejam os estrangeiros em maior número presentes no Brasil para o evento.
Fonte: www.g1.com.br