Londres, 24 jun (RV) – Seria “claramente inoportuno e inaceitável”, que a Corte Europeia dos Direitos Humanos, que no próximo dia 30 de Junho ouvirá as partes sobre a questão a exposição do crucifixo nos lugares públicos, “ao invés de proteger a liberdade dos cidadãos da imposição de uma particular religião de Estado solicitasse a todos os países europeus que se conformassem a um modelo de secularismo que é contrário a toda manifestação da religião na esfera pública”. É o que afirma o Arcebispo inglês, Dom Peter Smith em uma declaração divulgada ontem pela Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales em relação ao recurso apresentado pelo governo italiano à Corte e às muitas tomadas de posição por parte de episcopados europeus.
Segundo o arcebispo, por “religião de Estado” se deve entender precisamente essa tendência a pedir que “todos os países europeus se conformem a um modelo de secularismo que é contrário a toda manifestação da religião na esfera pública”. E acrescentou, que isso “não seria coerente com a abordagem demonstrada no passado pela mesma Corte, nem refletiria o princípio de liberdade de religião que a Convenção tutela”. (SP)
Fonte: Rádio Vaticano