Campanha da Fraternidade pelas dioceses do Brasil

24 de fevereiro de 2014

A Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a Vida no Planeta”, que será aberta oficialmente na Quarta-Feira de Cinzas, 9, já começa a ganhar destaque na Igreja no Brasil. Desde o início do ano, várias dioceses fazem encontros de formação para capacitar voluntários para o exigente trabalho de divulgação e compromisso com a Campanha.


Na terça-feira, 1º, a diocese de Guarabira (PB), fez um encontro de formação que reuniu cerca de 70 pessoas, entre padres, religiosos, leigos, representantes de todas as paróquias, pastorais e movimentos. O professor Carlos Antonio Belarmino Alves, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) assessorou o encontro.

A arquidiocese de Goiânia, já convida para a abertura oficial da CF-2011. Será no Aterro Sanitário da capital, na Quarta-Feira de Cinzas, às 9h. “A ideia de realizar a abertura nesse espaço e mostrar à sociedade que atitudes pequenas, mesmo que sejam a longo prazo, são importantes para reverter o quadro de destruição do meio ambiente. Queremos motivar as pessoas para a prática do bem e do respeito para com a criação de Deus”, explica a coordenação da CF arquidiocesana.

O cardeal arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo, é o responsável pela abertura da CF na capital baiana. Ele preside no dia 9, às 19h, na catedral Basílica Terreiro de Jesus a missa da Quarta-Feira de Cinzas. Três estratégias serão implantadas na arquidiocese para tornar a CF viva na sociedade.

“O primeiro passo é a mobilização das pessoas, comunidades, igrejas e sociedade como um todo para assumir o protagonismo na construção de alternativas de superação dos problemas ambientais. Na seqüência propor atitudes e comportamentos fundamentados em valores que tenham a vida como referência na relação com o meio ambiente. Por fim, denunciar situações e apontar responsabilidades”, antecipa a arquidiocese.

O bispo da diocese de Toledo (PR), dom Francisco Carlos Bach, falou nesta quinta-feira, 3, em “ética do cuidado” ao lançar a Campanha da Fraternidade 2011, durante coletiva de Imprensa realizada no Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo. “Mais do que nunca, precisamos passar de um consumo exagerado para uma ética de cuidado pelo planeta. O mundo tem para todos, desde que haja equidade dentro da distribuição e uso dos recursos”, disse. Dom Francisco também apresentou aos jornalistas a Cartilha Fraternidade Viva, que está em sua 6ª edição. O subsídio, editado pela própria diocese, chega às mãos de mais de 8 mil professores e aproximadamente 80 mil alunos de escolas públicas e particulares de municípios que compõem o território diocesano.

Minas, Acre e Goiás

coletivaCFjuizdeforaNa arquidiocese de Juiz de Fora (MG), a Campanha da Fraternidade foi lançada previamente para a imprensa. A novidade foi o press kit ecológico [pasta feita com banner reutilizado estava um bloco de papel reciclado e um lápis de madeira reflorestada] doado pela assessoria de imprensa da arquidiocese aos jornalistas presentes. O arcebispo, dom Gil Antônio Moreira, ressaltou à imprensa o foco da CF-2011. Ele também destacou que o objetivo é analisar até que ponto o homem está interferindo nesta questão apontou a necessidade de conscientização para evitar que o lixo seja jogado nos rios, terrenos baldios e nas ruas.

Também fez encontro de formação sobre a CF-2011 a diocese de Rio Branco (AC). O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro e reuniu 120 pessoas de todas as paróquias, pastorais, serviços, movimentos e organismos da diocese. “O objetivo é multiplicar as formações nas paróquias. Para isso, as pessoas que estão participando deste encontro devem repassar as informações em suas comunidades”, explicou a coordenadora da equipe permanente de Campanhas da diocese, Maria José.

Em carta direcionada para todos os fiéis da diocese de Ipameri (GO), dom Guilherme Antonio Werlang, afirmou que “temos que, profeticamente, denunicar e enfrentar o atual sistema econômico, de produção, de acúmulo, distribuição e acesso às riquezas e bens de criação”. Para o bispo, trata-se de “um modelo e sistema perverso porque privilegia poucos, deixa muitos na mais absoluta miséria e é gerador de morte. Pela Campanha da Fraternidade deste ano, somos convocados a anunciar a “Boa Nova”, testemunhando um estilo de vida mais simples, austero e solidário, mais fiel à verdade e à caridade”. E completa: “A Igreja não pode calar diante de um sistema que põe o lucro e o capital como finalidade e referência de tudo e a vida a serviço destes objetivos”.

Fonte: CNBB.org.br