Balanço ao ano de 2010 na Mensagem de Natal da Igreja Católica de Jerusalém Sínodo dos Bispos foi marco positivo, num ano difícil para os cristãos da região

24 de fevereiro de 2014

(23/12/2010) A Igreja Católica de Jerusalém destaca a realização do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente como um dos aspectos mais positivos de 2010, defendendo que aquele evento trouxe maior visibilidade às questões que afetam as comunidades cristãs da região.

“Durante o Sínodo, pudemos mostrar as nossas feridas e medos, mas ao mesmo tempo expressar os nossos anseios e esperanças” declara o arcebispo Fouad Twal, na sua mensagem de Natal.

O patriarca latino de Jerusalém, que aproveitou a quadra natalícia para analisar alguns dos acontecimentos marcantes de 2010, definiu o sofrimento actual dos cristãos no Iraque, vítimas de perseguição religiosa, como “uma ferida” que afecta aquele país.

Também aqui o Sínodo foi essencial para o arcebispo, pois durante o encontro “condenou-se todo o tipo de violência, fundamentalismo religioso, anti-Semitismo ou anti-judaismo”.

Recorde-se que a 24ª assembleia do Sínodo dos Bispos, primeira para a região do Médio Oriente, decorreu entre 10 e 24 de Outubro no Vaticano, tendo como lema “a Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma»”.

Numa Jerusalém tantas vezes marcada pelo “martírio” e pelo “desejo de paz”, o arcebispo Fouad Twal destaca ainda, como marco de esperança, o reatamento das negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestiniana, mediadas pelo Vaticano.

O prelado chama a atenção também para o aumento recorde do número de peregrinos na Terra Santa, que este ano chegou aos 3,4 milhões de pessoas.

Trata-se de “um exemplo significativo da dimensão universal de Jerusalém, Belém e Nazaré, e da boa recepção dada aos peregrinos por parte das nossas igrejas e pessoas” conclui.

O arcebispo Fouad Twal é o patriarca latino de Jerusalém desde 2008, velando actualmente por cerca de 70 mil católicos romanos em Israel, nos territórios palestinianos, na Jordânia e no Chipre.

Fonte: Rádio Vaticano