Roma, 04 ago (RV) – A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou ter recebido 250 mil assinaturas numa petição na internet para combater a fome.
O objetivo da FAO é alcançar 1 milhão de nomes para enviar o abaixo-assinado a líderes de todo o mundo, para que os governos façam do tema sua maior prioridade.
O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, declarou que 1 bilhão de pessoas no mundo não têm o que comer. Segundo ele, todos os que acreditam ser este um número inaceitável devem firmar a petição.
O site 1billionhungry.org (que tem versão em português) traz várias informações sobre o tema, e aponta que os que sofrem de fome são sobretudo os rurais pobres que vivem em países em desenvolvimento – nas aldeias na Ásia, na África, na América Latina e Caribe. Estes povos dependem principalmente da criação de gado ou do cultivo de produtos alimentares em pequenas parcelas, destinados a satisfazer as suas necessidades básicas de nutrição.
Os sem terra são ainda mais vulneráveis a ser vítimas da fome: viúvas, órfãos, idosos, trabalhadores eventuais, refugiados. Por não disporem de um rendimento estável, não conseguem complementar as suas necessidades de nutrição comprando os alimentos de que necessitam. Frequentemente migram para as cidades à procura de trabalho, que é muitas vezes escasso e mal pago. O baixo rendimento traduz-se em poucos meios para comprar alimentos nos mercados locais.
As mulheres são normalmente mais afetadas, e as que são mal alimentadas durante a gravidez terão maior probabilidade de dar à luz crianças desnutridas. Quando catástrofes como inundações, terremotos e secas atingem países vulneráveis, os pobres vêem-se forçados a abandonar as suas casas e os seus meios de sustento, aumentando assim o número de vítimas da fome.
A campanha foi lançada pelo ator britânico Jeromy Irons e tem utilizado ferramentas da mídia social para angariar mais apoio. Os interessados podem procurar o site para assinar o documento ou declarar seu apoio no Facebook.
O prazo para assinaturas termina em novembro.
(CM)
Fonte: Rádio Vaticano