Papa destaca que Jesus aquece o coração do povo

28 de junho de 2014

Santo Padre disse ainda que a fé não é casuística; as pessoas seguem Jesus, porque Ele é o Bom Pastor

Da Redação, com Rádio Vaticano

Francisco na Casa Santa Marta, onde preside a Missa todas as manhãs / Foto: L’Osservatore Romano – Rádio Vaticano

Na Missa desta quinta-feira, 26, na Casa Santa Marta, Papa Francisco alertou sobre pessoas que reduzem a fé a um moralismo, perseguem uma libertação política ou buscam acordo com o poder.

Em contrapartida, ele explicou que o povo segue Jesus, porque reconhece que Ele é o Bom Pastor e Suas palavras aquecem o coração dos fiéis.

Por que tanta gente seguia Jesus? Esta foi a pergunta a partir da qual o Santo Padre desenvolveu a sua homilia, centrada no povo e no ensinamento do Senhor. Segundo Francisco, o povo seguia Jesus, porque ficava admirado com o Seu ensinamento, ao passo que outras pessoas falavam, mas suas palavras não chegavam ao povo.

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Francisco enumerou quatro grupos de pessoas que falavam no tempo de Jesus. Primeiramente, os fariseus, que faziam do culto a Deus uma série de mandamentos, em suma, reduziam a fé no Deus Vivo à casuística.

O outro grupo é constituído pelos saduceus, pessoas que haviam perdido a fé e cujo trabalho religioso acontecia mediante acordos com os poderes políticos e econômicos. Um terceiro grupo elencado pelo Papa é o dos revolucionários, que queriam libertar o povo de Israel da ocupação romana. Já os essênios formam um quarto grupo, pessoas boas, monges que consagravam sua vida a Deus. Porém, como estavam distantes do povo, este não os podia seguir.

O Santo Padre explicou que essas eram as vozes que chegavam ao povo, mas nenhuma delas tinha a força de aquecer seu coração dele. Já Jesus se aproximava das pessoas, Sua mensagem chegava ao coração delas. Tudo isso acontecia, porque, conforme destacou Francisco, Jesus é o Bom Pastor.

“Não era (Jesus) um fariseu casuístico moralista nem um saduceu que fazia negócios políticos com os poderosos. Ele não era um guerrilheiro que procurava a libertação política de Seu povo nem um contemplativo do mosteiro. Era um Pastor! Um Pastor que falava a língua do Seu povo, que se fazia entender, dizia a verdade, as coisas de Deus”.

A partir desses quatro grupos e da imagem de Jesus, o Bom Pastor, o Pontífice convidou os fiéis a pensarem qual desses eles gostam de seguir. “Que essa pergunta nos faça chegar à oração e pedir a Deus, o Pai, que nos aproxime de Jesus para segui-Lo, para nos admirarmos com aquilo que Ele nos diz”.