homilia, Francisco advertiu sobre a tentação de se servir dos outros em vez de servir os outros
O Santo Padre Francisco pediu aos bispos e sacerdotes para que vençam a tentação de “uma vida dupla”, recordando que a Igreja é chamada a servir e não a se tornar uma Igreja mercantil. Destacou isto na homilia da missa celebrada nesta sexta-feira (6) na capela da Casa Santa Marta.
O Papa refletiu sobre a figura de Paulo, que aparece na liturgia do dia. O apóstolo “foi totalmente doado ao serviço” para terminar em Roma “traído por alguns dos seus” e terminando por ser “condenado”. Assim, Francisco recordou que a grandeza de Paulo vinha de Jesus Cristo e “ele se orgulhava de servir, de ser eleito, de ter o poder do Espírito Santo.”
Ele era o servo que servia, “administrada, lançando as bases, ou seja, anunciando Jesus Cristo” e “nunca parava para ter a vantagem de um lugar, de uma autoridade, de ser servido. Ele era ministro, servo para servir, não para ser servir-se”.
Aliás, o Papa expressou a alegria que sente quando os sacerdotes que vão à missa em Santa Marta dizem: “‘Oh padre, vim aqui para encontrar os meus, porque há 40 anos sou missionário na Amazônia’. Ou uma religiosa que diz: ‘Não, eu trabalho há 30 anos em um hospital na África’. Ou quando encontro uma irmãzinha que há 30, 40 anos trabalha na sessão do hospital com os portadores de necessidades especiais, sempre sorridente. Isto se chama servir, esta é a alegria da Igreja: ir além, sempre; ir além e dar a vida. Isto é aquilo que Paulo fez: servir”.
Por isso, ele também lembrou que no Evangelho, o Senhor nos mostra a imagem de outro servo, “que em vez de servir os outros se serve dos outros”, sublinhando que “lemos o que fez este servo, como quanta astúcia se moveu, para permanecer no seu lugar”.
Assim, o Pontífice advertiu que “na Igreja, também há aqueles que em vez de servir, de pensar nos outros, de estabelecer as bases, se servem da Igreja: os carreiristas, os apegados ao dinheiro”. Então, ele questionou: “Quantos sacerdotes, bispos vimos assim? É triste dizer isso, não?”. Por isso, destacou a radicalidade do Evangelho, do chamado de Jesus Cristo: servir, estar a serviço de, não parar, ir além, esquecendo-se de si mesmo. E o conforto do status: eu atingi um status e vivo confortavelmente sem honestidade, como os fariseus de que fala Jesus, que passeavam pelas praças, para serem vistos pelas pessoas”.
Para finalizar sua homilia, o Santo Padre propôs duas imagens: “Duas imagens de cristãos, duas imagens de sacerdotes, duas imagens de freiras. Duas imagens”. Jesus, reiterou o Papa, “nos faz ver esse modelo em Paulo, esta Igreja que nunca está parada, que sempre cria bases, que vai sempre para a frente e nos faz ver que esse é o caminho”.
No entanto, “quando a Igreja é morna, fechada em si mesma, muitas vezes mercantil, não se pode dizer que é uma igreja que ministra, que está a serviço, mas sim que se serve dos outros”, alertou o Papa.
Francisco concluiu pedindo que “que o Senhor nos dê a graça que deu a Paulo, o ponto de honra para ir sempre para a frente, sempre, renunciando às próprias comodidades tantas vezes, e nos livre das tentações, dessas tentações que, são fundamentalmente, as tentações de uma vida dupla: apresento-me como ministro, como quem serve, mas no fundo eu me sirvo dos outros”.
(Rádio Vaticano/ Adaptação Zenit)
Nesta sexta-feira homilia, Francisco advertiu sobre a tentação de se servir dos outros em vez de servir os outros
O Santo Padre Francisco pediu aos bispos e sacerdotes para que vençam a tentação de “uma vida dupla”, recordando que a Igreja é chamada a servir e não a se tornar uma Igreja mercantil. Destacou isto na homilia da missa celebrada nesta sexta-feira (6) na capela da Casa Santa Marta.
O Papa refletiu sobre a figura de Paulo, que aparece na liturgia do dia. O apóstolo “foi totalmente doado ao serviço” para terminar em Roma “traído por alguns dos seus” e terminando por ser “condenado”. Assim, Francisco recordou que a grandeza de Paulo vinha de Jesus Cristo e “ele se orgulhava de servir, de ser eleito, de ter o poder do Espírito Santo.”
Ele era o servo que servia, “administrada, lançando as bases, ou seja, anunciando Jesus Cristo” e “nunca parava para ter a vantagem de um lugar, de uma autoridade, de ser servido. Ele era ministro, servo para servir, não para ser servir-se”.
Aliás, o Papa expressou a alegria que sente quando os sacerdotes que vão à missa em Santa Marta dizem: “‘Oh padre, vim aqui para encontrar os meus, porque há 40 anos sou missionário na Amazônia’. Ou uma religiosa que diz: ‘Não, eu trabalho há 30 anos em um hospital na África’. Ou quando encontro uma irmãzinha que há 30, 40 anos trabalha na sessão do hospital com os portadores de necessidades especiais, sempre sorridente. Isto se chama servir, esta é a alegria da Igreja: ir além, sempre; ir além e dar a vida. Isto é aquilo que Paulo fez: servir”.
Por isso, ele também lembrou que no Evangelho, o Senhor nos mostra a imagem de outro servo, “que em vez de servir os outros se serve dos outros”, sublinhando que “lemos o que fez este servo, como quanta astúcia se moveu, para permanecer no seu lugar”.
Assim, o Pontífice advertiu que “na Igreja, também há aqueles que em vez de servir, de pensar nos outros, de estabelecer as bases, se servem da Igreja: os carreiristas, os apegados ao dinheiro”. Então, ele questionou: “Quantos sacerdotes, bispos vimos assim? É triste dizer isso, não?”. Por isso, destacou a radicalidade do Evangelho, do chamado de Jesus Cristo: servir, estar a serviço de, não parar, ir além, esquecendo-se de si mesmo. E o conforto do status: eu atingi um status e vivo confortavelmente sem honestidade, como os fariseus de que fala Jesus, que passeavam pelas praças, para serem vistos pelas pessoas”.
Para finalizar sua homilia, o Santo Padre propôs duas imagens: “Duas imagens de cristãos, duas imagens de sacerdotes, duas imagens de freiras. Duas imagens”. Jesus, reiterou o Papa, “nos faz ver esse modelo em Paulo, esta Igreja que nunca está parada, que sempre cria bases, que vai sempre para a frente e nos faz ver que esse é o caminho”.
No entanto, “quando a Igreja é morna, fechada em si mesma, muitas vezes mercantil, não se pode dizer que é uma igreja que ministra, que está a serviço, mas sim que se serve dos outros”, alertou o Papa.
Francisco concluiu pedindo que “que o Senhor nos dê a graça que deu a Paulo, o ponto de honra para ir sempre para a frente, sempre, renunciando às próprias comodidades tantas vezes, e nos livre das tentações, dessas tentações que, são fundamentalmente, as tentações de uma vida dupla: apresento-me como ministro, como quem serve, mas no fundo eu me sirvo dos outros”.
(Rádio Vaticano/ Adaptação Zenit)