(23/12/2010) A Igreja Católica de Jerusalém destaca a realização do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente como um dos aspectos mais positivos de 2010, defendendo que aquele evento trouxe maior visibilidade às questões que afetam as comunidades cristãs da região.
“Durante o Sínodo, pudemos mostrar as nossas feridas e medos, mas ao mesmo tempo expressar os nossos anseios e esperanças” declara o arcebispo Fouad Twal, na sua mensagem de Natal.
O patriarca latino de Jerusalém, que aproveitou a quadra natalícia para analisar alguns dos acontecimentos marcantes de 2010, definiu o sofrimento actual dos cristãos no Iraque, vítimas de perseguição religiosa, como “uma ferida” que afecta aquele país.
Também aqui o Sínodo foi essencial para o arcebispo, pois durante o encontro “condenou-se todo o tipo de violência, fundamentalismo religioso, anti-Semitismo ou anti-judaismo”.
Recorde-se que a 24ª assembleia do Sínodo dos Bispos, primeira para a região do Médio Oriente, decorreu entre 10 e 24 de Outubro no Vaticano, tendo como lema “a Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma»”.
Numa Jerusalém tantas vezes marcada pelo “martírio” e pelo “desejo de paz”, o arcebispo Fouad Twal destaca ainda, como marco de esperança, o reatamento das negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestiniana, mediadas pelo Vaticano.
O prelado chama a atenção também para o aumento recorde do número de peregrinos na Terra Santa, que este ano chegou aos 3,4 milhões de pessoas.
Trata-se de “um exemplo significativo da dimensão universal de Jerusalém, Belém e Nazaré, e da boa recepção dada aos peregrinos por parte das nossas igrejas e pessoas” conclui.
O arcebispo Fouad Twal é o patriarca latino de Jerusalém desde 2008, velando actualmente por cerca de 70 mil católicos romanos em Israel, nos territórios palestinianos, na Jordânia e no Chipre.
Fonte: Rádio Vaticano