A relação dos homens com Deus passa pela sua relação com a Pessoa do Espírito Santo.
Como atesta o Credo Niceno-constantinopolitano, Ele é o “Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”.
Com o evento de Pentecostes, a promessa de Jesus para Seus discípulos se cumpriu. Afinal, o Paráclito – o Defensor – que ensinaria toda a verdade veio em auxílio a Igreja nascente e se estende pelos séculos até os dias de hoje.
Essa história de relação do homem com o Espírito expressa uma verdade bela e profunda. A Terceira Pessoa da Trindade habita em nós e age em nossos corações de maneira pessoal.
Logo, podemos afirmar que o Espírito não fala da mesma forma com todas as pessoas. Vamos entender melhor essa dimensão.
O Senhor se manifesta no meio do seu povo
Há um episódio bíblico bastante conhecido que reflete as manifestações de Deus de modo concreto. Elias, enquanto sofria a perseguição resultada após a morte dos profetas de Baal, sai pelo deserto em busca de descanso. Logo depois, alimentado pelo anjo do Senhor, sobe a montanha à espera da manifestação de Deus.
“O Senhor disse-lhe: “Sai e conserva-te em cima do monte, na presença do Senhor! Ele vai passar”. Nesse momento, passou diante do Senhor um furacão, tão violento que fendia as montanhas e quebrava os rochedos, mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu, mas o Senhor não estava no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo, mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna”.
I Reis 19, 11-13
O profeta sente fisicamente a ação de Deus, em forma de uma brisa leve. Em outros trechos bíblicos, o Espírito Santo se revela em uma nuvem, em línguas de fogo, ou até mesmo na forma de uma pomba. Sendo assim, tais realidades revelavam aspectos concretos do agir de Deus na vida do Seu povo.
Algo que é importante ressaltar é que em Deus, falar corresponde a agir. Cristo, o Verbo de Deus, Sua Palavra Encarnada, é rosto de Deus, face de Amor. O Espírito, desde a criação, pairando sobre o caos, é ação criadora e santificadora de Deus no meio dos homens.
O Espírito Santo, doador dos Dons
Outras formas do Espírito Santo falar e se revelar é por meio dos seus dons e dos seus frutos. Com o crescimento da vida espiritual, e em especial uma vivência mais profunda da espiritualidade carismática, dentro dos Grupos de Oração, é natural que se cresça na experiência dos dons.
As cartas paulinas trazem tais realidades elencando alguns dos seus dons infusos e efusos:
Sendo assim, quanto aos dons infusos – ou seja, para santificação dos homens – temos:
“caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade”.
Gl 5,22-23 vulg.
Já os dons efusos são utilizados em vista do bem comum, para o serviço dos irmãos. Nestes, temos sabedoria, ciência, entendimento, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus.
Porém, os carismas e dons do Espírito não se esgotam. Eles surgem no meio da Igreja, de acordo com a necessidade do povo de Deus e Seu desígnio de amor.
Sendo assim, temos a Graça de Deus a nos socorrer. Como nos afirma o Catecismo da Igreja Católica
“A graça é, antes de tudo e principalmente, o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas também compreende os dons que o Espírito nos dá, para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar na salvação dos outros e no crescimento do corpo Místico de Cristo, que é a Igreja”.
CIC §2003
Peçamos diariamente Sua ação em nós, a fim de escutarmos, dos mais diversos modos, Sua voz a nos chamar.
FONTE: RCC BRASIL
INFORMAÇÕES AO POVO DE DEUS SOBRE O ENF/2021
Querida Família Carismática do Brasil, graça e paz!
Mas amamos porque Deus nos amou primeiro” (I João 4, 19)
A oração é um gesto de amor. É a ação do homem em direção àquEle que o ama e atrai para si; o lugar onde encontra repouso para sua alma. “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”(CIC 27).
“O tema do ano é um pedido permanente para vivermos, transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para viver a fidelidade da nossa vocação”, inicia Dom José Aparecido na última pregação do ENF 2020. O Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília recorda-nos o pecado original dos primeiros pais e afirma que São Paulo nos aconselha o contrário, a sermos movidos pelo Espírito.
Para meditar este tema tomemos o discurso de Jesus do Evangelho de João 3,1-36. O texto nos conta que certa vez um fariseu, chamado Nicodemos, encontrou-se às escondidas com Jesus. Naquela ocasião, dentre muitas coisas, o Senhor afirmou: "de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).
Em setembro, de maneira muito especial, a Igreja celebra e incentiva o conhecimento e experiência com a Bíblia Sagrada.
Setembro é considerado mês da Bíblia porque no final deste mesmo mês, no dia 30, celebra-se a festa de São Jerônimo que foi o responsável por traduzir para o latim os Livros Sagrados escritos originalmente em hebraico, aramaico e grego. A partir da versão latina, a Bíblia passou a alcançar muito mais pessoas e chegou até cada um de nós atualmente.
A Tríade que constitui a fé católica é composta pela Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério. Sobre esses três pilares estão firmadas a fé da Igreja Católica Apostólica Romana. Em setembro, a Igreja dá especial destaque à Sagrada Escritura.
Amados irmãos em Cristo Jesus, viver a experiências de seremos avós é uma graça que Deus nos concede, graça essa de podermos ver a manifestação de Deus gerando vidas por intermédio de gerações oriundas de nossas entranhas.
"Parto da convicção, compartilhada por todos nós e frequentemente repetida pelo Papa Francisco, de que a Renovação Carismática Católica (RCC) é “uma corrente de graça para toda a Igreja”. Se a RCC é uma corrente de graça para toda a Igreja, temos o dever de explicar a nós mesmos e à Igreja em que consiste esta corrente de graça e porque ela é destinada e necessária a toda a Igreja", disse o padre Cantalamessa ao iniciar sua colocação.
Leia a carta 13/2019 à Renovação Carismática Católica do Brasil, escrita pela presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Katia Roldi Zavaris. Bimestralmente, as cartas da presidente apresentam partilhas e direcionamentos espirituais para o trabalho de evangelização realizado pelo Movimento. É muito importante que você compartilhe este documento com seus irmãos de Grupo de Oração e diocese.